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domingo, 4 de setembro de 2011

Ações criminosas contra a pessoa crescem 35% aos sábados e domingos e 48% no período da meia- noite às seis da manhã

Ações criminosas contra a pessoa crescem 35% aos sábados e domingos e 48% no período da meia- noite às seis da manhã

Redução de riscos

Veja as orientações dos especialistas para evitar situações de perigo:

Assaltos e sequestros

- Procure manter a calma diante de uma arma. O bandido está sempre mais nervoso do que a vítima, mas, em geral, não tem intenção de matar.

- Não reaja, nem tente fugir. Portar uma arma, por exemplo, pode ter conse­quên cias trágicas. Forneça o que o criminoso exige. Assim, o tempo do roubo será menor.

- Não faça movimentos bruscos e procure avisar o assaltante dos gestos que pretende fazer, como pegar a carteira, por exemplo.

- Lembre que pode ter outra pessoa dando cobertura ao crime.

No carro

- Esconda aparelhos de CD e rádio. Ao descer, leve junto bolsas, pacotes, roupas e documentos do carro.

- À noite, em semáforos, fique atento ao retrovisor e mantenha distância do carro da frente, para facilitar o arranque em caso de emergência.

- Não deixe o carro estacionado na rua, principalmente de madrugada.

- Evite namorar ou ficar conversando dentro do carro à noite.

- Acostume-se a trancar as portas do carro e a não deixar as janelas abertas.

No ônibus

- Evite ficar sozinho em pontos de ônibus isolados, especialmente à noite.

- Esteja atento a empurrões ou conversas banais nos ônibus. Essas atitudes podem significar o início de um crime.

- Em ônibus quase vazio, sente-se próximo ao motorista. Separe o dinheiro da passagem, para não mostrá-lo na hora de pagar.

Em casa

- Tenha sempre à mão o telefone da Polícia Militar, Bombeiros e Polícia Civil.

- Fique atento ao chegar ou sair de casa. Se desconfiar de algo, aguarde, dê uma volta no quarteirão e chame a PM.

- Marque hora com as pessoas que farão serviços em sua casa. Exija identificação e nunca as deixe sozinhas. Selecione prestadores de serviço com referências anteriores.

- Procure conhecer seus vizinhos.

- Não forneça dados pessoais por telefone.

- Ao viajar, suspenda a assinatura de jornais e revistas e peça a alguém de confiança para pegar as correspondên­cias.

Em vias públicas

- Bolsas devem ser levadas na frente do corpo.

- Em trechos escuros ou desertos, prefira o ponto da calçada maisperto da rua.

- Não ande com somas elevadas ou joias. Se estiver sendo seguido, atravesse a rua ou entre em algum estabelecimento.

- Evite usar caixas eletrônicos em locais isolados. Ao sacar guarde o dinheiro em lugar discreto e não conte em público.

- Não ande com todos os seus documen tos ou todos os seus cartões de crédito, se não houver extrema necessidade.

Fonte: Sesp e SSP-RS.


O cair da noite aumenta os perigos em torno das reuniões de amigos em bares e boates, sobretudo nos fins de semana. As altas horas, os eflúvios do álcool e as armas fáceis são a combustão da criminalidade, que prefere os dias de lazer por causa da distração das vítimas. A comprovação é estatística. Os crimes contra a pessoa aumentam 35% aos sábados e domingos se comparados a dias úteis, subindo em 48% no período da meia-noite às seis da manhã. Desde que passou a sistematizar essas informações, em 2007, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) notou um padrão na concentração dos crimes à noite e nos fins de semana, tendo o álcool como catalisador.


Trata-se de um fenômeno quase universal e não apenas brasileiro, observa o sociólogo João Trajano Sento-Sé, cofundador do Labo ratório de Análise da Violência da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Uma das explicações é a maior interação entre as pessoas. À noite, elas encontram-se em bares, boates e outros ambientes desse gênero, onde é alto o consumo de álcool ou drogas ilícitas. As pessoas relaxam e, assim, ficam menos atentas.


O risco está no estilo de vida, diz Trajano. A pessoa se torna alvo mais fácil à noite porque passa a viver situações favoráveis à criminalidade. Quanto maior a participação em atividades de lazer, circulação em áreas públicas e consumo de álcool, maior a tendência a episódios conflitivos. “E quanto maior o acesso a armas de fogo, maiores as probabilidades de que os conflitos resultem em agressões letais”, diz Trajano.


Quando se cruza as variáveis hora, finais de semana e faixa etária, a incidência é maior entre os jovens, sobretudo do sexo masculino.


Em 2010, dos 10,4 mil registros envolvendo armas de fogo (homicídios, porte ilegal, assalto a mão armada), em 9,8 mil elas estavam em poder de homens, 65% deles de 18 a 35 anos.


Curitiba registrou dois episódios recentes de homicídios que atestam essas estatísticas. Há uma semana, o ex-agente penitenciário Herculano Bocchi Neto, de 28 anos, matou a tiros o policial civil Gerson Francisco Cornélio da Silva, 43, no estacionamento do bar Rancho Brasil. Uma semana antes, um adolescente de 17 anos matou duas pessoas a tiros e feriu outras quatro na saída do bar Celebrare, em frente da Praça da Espanha, no Batel. Os dois homicídios ocorreram na madrugada de um sábado, envolvendo jovens que portavam armas de fogo nas imediações de casas noturnas.


Tripé


Os pesquisadores americanos Lawrence Cohen e Marcus Felson criaram a abordagem das atividades de rotina, especificando três elementos essenciais para que o crime ocorra: um delinquente motivado, um alvo disponível e a falta de guardiões capazes de prevenir o crime – por guardião entende-se não só a polícia, mas qualquer pessoa que possa coagir ou inibir uma ação criminosa. Para os pesquisadores, a falta de pelo menos um desses elementos é suficiente para impedir o sucesso do crime.


A ação criminosa tende a ser melhor sucedida à noite e nos fins de semana porque os bens e as pessoas se tornam alvos mais suscetíveis em função da falta de guardiões. O álcool e, por extensão, as drogas ilícitas atuam de forma distinta na vítima e no agressor. Na vítima, reduz a capacidade cognitiva da pessoa e a deixa mais vulnerável; no agressor, acentua a predisposição para a transgressão da lei e dos valores morais da sociedade.

Fonte:
Gazeta do povo
 http://bit.ly/r054LB 

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