Acidentes - Números
- 193,2 Milhões de Brasileiros(estimativa IBGE para julho 2010)
- 1.400.000 Km de estradas, sendo apenas 18% asfaltadas
- 60,6 Milhões de veículos, desses, mais de 14 milhões possuem mais de 10 anos de uso. (Abril/2010)
- 53 Milhões de CNH (Carteira Nacional de Habilitação)
Acidentes:
- Mundo: 1,2 milhão mil mortes/ano com mais de 50 milhões de feridos (OMS).
- Brasil: 45 mil mortes/ano (incluindo óbito após 72 hs do acidente, oficialmente gira em torno de 30.000 mortes/ano)
- 376.589 mil feridos/ano.
- Mais de 1 milhão de acidentes/ano.
- Prejuízos materiais em mais de 5 bilhões de dólares.
- Prejuízos Sociais em mais de 5 bilhões de dólares.
- O Governo gasta em média R$ 14.321,25 com vítima não fatal de acidente de trânsito.
- A cada 22 minutos, morre uma pessoa em acidente de trânsito.
- A cada 07 minutos acontece um atropelamento.
- A cada 57 segundos acontece um acidente de trânsito.
- 75% dos acidentes são causados pelo homem, 12% por problemas no veículo, 6% por deficiências nas vias e 7% por causas diversas. Se considerarmos HOMEM-VEÍCULO-VIA como causa o homem, são 93%.
- 75% dos acidentes ocorrem com tempo bom, 68% nas retas e 61% durante o dia.
- Maior parte das vítimas de acidentes de trânsito tem menos de 35 anos.
- Acidente de trânsito é o segundo maior problema de saúde pública do País, só perdendo para a desnutrição.
- Nos acidentes com vítima, os automóveis tem participação de 53%.
- 41% dos mortos em acidentes estão na faixa etária de 15 a 34 anos.
- 377 mil acidentes com vítimas.
- 60% dos feridos no trânsito ficam com lesões permanentes.
- Em 40 mil acidentes com veículos de duas rodas, aconteceram 24 mil mortes.
- 44% dos mortos em acidentes de trânsito, são em atropelamentos.
- 79% dos mortos são do sexo masculino.
- 44% dos acidentes são do tipo colisão.
- Para cada 10.000 veículos, morrem 7 pessoas no Brasil e 1,5 no Japão.
- São Paulo é a Capital onde há o maior nº de mortos (1.883).
- Metade dos acidentes ocorrem a menos de 10 Km de distância da residência do motorista.
- Em 70% dos casos de acidentes com mortes, o fator álcool estava presente, mesmo sem configurar embriaguez.
- 9,3 milhões de veículos(quase 50% da frota) possuem mais de 10 anos de uso, correspondem por 77% da poluição veicular e 60% dos acidentes com vítimas.
- Trânsito - 3ª Causa Mortis do Brasil;
- 55% de ocupação dos leitos hospitalares;
- 45 em cada mil consegue concluir o 1º grau em 8 anos;
- 43% dos jovens até 17 anos tem apenas 2 anos de instrução escolar;
- No Brasil, a proporção é de 1 morto para 690 veículos, enquanto na França é para 3.000, Suíça 3.600, Alemanha 4.200, EUA 5.300, Japão 5.600 e Suécia 6.900;
- Nos EUA no ano de 2000 o motorista gastou em média 62 horas parado em congestionamentos, tendo a cidade de Los Angeles consumido 130 horas anuais de seus condutores em congestionamentos. Ainda neste mesmo ano, houve o acréscimo de US$ 68 bilhões gastos a mais em virtude desses congestionamentos no País.
- Pouco mais da metada da frota registrada é composta por automóveis, cerca de 35,1 milhões
- 15 milhões de veículos 2 rodas (motocicletas e motonetas. 12,8 e 2,2 milhões respectivamente) já correspondem a pouco mais de 25% da frota total de veículos
- 2,1 milhões de caminhões
- Goías em 2008 foi o Estado com maior número de vítimas fatais (11.812) decorrentes de aciente de trânsito.
- A região sudeste é a que possui a maior frota de veículos registrados, 3,51 milhões, enquanto a norte é a menor com 2,5 milhões de veículos registrados. (Sul 12,6; Nordeste 8,5 e Centro Oeste 5,3 milhões)
São emplacados 150 mil novos veículos por mês.
O Estado possui:
- 19.467.614 veículos registrados;
- 6.3000.000 veículos na Capital;
- 35 % da frota nacional de veículos;
- 45 pessoas atropeladas por dia na capital;
- 19 mil atropelados na capital por ano, desses, 862 resultaram em mortes.
- Morrem em média, 2 motociclistas por dia na capital
Reportagens da VEJA:
Uma PESQUISA curiosa
Uma pesquisa realizada pela empresa Opinion Research Corporation International, mostra que 76% dos motoristas confessam ter o mau hábito de se distrair com outras atividades enquanto dirigem. Os pesquisadores pediram a 1016 pessoas, que indicassem um ou mais tipos de situação que as fizeram sofrer um acidente ou, pelo menos, passar um susto no trânsito. O gráfico revela os resultados
Separando uma briga dos filhos - 26%
Apagando cigarro - 22%
Usando o laptop - 21%
Conversando com um passageiro - 18%
Falando ao celular - 13%
Um estudo realizado nos Estados Unidos revela que as pessoas têm medo de morrer das causas erradas. O quadro compara as reais causas de morte prematura com aquelas que, na pesquisa, os entrevistados disseram mais temer.
Câncer - 30%
Doenças cardíacas - 29%
Acidente de carro - 28%
Cigarro - 25%
Álcool - 18%
Drogas - 17%
Armas de fogo - 15%
Aids - 8%
Principais causa de morte prematura
Cigarro - 37,7%
Obesidade - 28,3%
Álcool - 9,4%
Doenças infecciosas - 8,5%
Armas de fogo - 3,3%
Doenças venéreas - 2,8%
Acidente de carro - 2,4%
Drogas - 1,9%
Uma boa REPORTAGEM
Jovens e carros: Atração perigosa
Eles são apaixonados por carro, mas estão mais expostos aos acidentes de trânsito, que matam 25 mil pessoas por ano no Brasil
Ousados, ativos, com desejo de quebrar barreiras e inovar. Os jovens carregam diversas características, mas fazem parte da cruel realidade dos acidentes de carro, onde também se tornam personagens principais. Para se ter uma idéia da situação, 40% dos atendimentos realizados no Hospital Sarah-Salvador, no ano passado, foram pacientes de 14 a 29 anos, vítimas da violência do trânsito. No Hospital Sarah-Salvador, da Rede Sarah, que não realiza atendimentos de emergência, os pacientes são vítimas de algum tipo de acidente com lesão medular ou cerebral e estão em tratamento de reabilitação. São muitos adolescentes e adultos jovens que fazem parte do grupo de risco no trânsito. Segundo o sociólogo Eduardo Biavati, responsável pelo Centro de Pesquisa de Prevenção da rede, eles estão mais expostos aos acidentes, levando-se em conta os padrões de comportamento, como a velocidade, a taxa de utilização do cinto de segurança e hábitos de lazer, que quase sempre envolvem a bebida alcoólica. “Os acidentes mais graves são com os jovens”, garante a psicóloga Nereide Tolentino, consultora do Instituto Nacional de Segurança no Trânsito. Segundo ela, não é exagero dizer que quase 70% dos acidentes fatais no trânsito envolvem jovens de 18 a 25 anos. Fatores De acordo com Nereide, dois fatores são fundamentais para traçar esta realidade. Em primeiro lugar, o fato da idade ser própria da ousadia, das crenças pessoais, “de que com ele as coisas não vão acontecer”. O outro aspecto, segundo ela, é a falta de conhecimento. “O jovem aprende a dirigir mal. Não está preparado para respostas imediatas”, diz. Ela ressalta que o motorista novo ousa na direção, no dia-a-dia, mas não está habilitado para emergências. “Ele não tem nenhum treinamento para situações de emergência. Quando passa por uma poça de água ou óleo na pista, ele não sabe que não se deve frear. Não tem esta informação e faz o que vem na mente mais rapidamente”. O excesso de velocidade e a bebida alcoólica são considerados causas de acidentes em geral, enquanto são grandes atrativos para os jovens. Segundo Nereide, estas duas coisas, combinadas ou não, agravam os fatores apontados acima por ela. O álcool torna o reflexo mais lento e a velocidade faz com que a situação de emergência esteja mais próxima. Exemplo: um cachorro que atravessa a rua na frente do carro que está a 80 km/h ocorre em um segundo. Com o álcool, é possível que a pessoa nem veja o que está ocorrendo.
Turma dentro do carro aumenta risco
A questão do exibicionismo do jovem com o carro não gera, na opinião da psicóloga, o problema da velocidade. Quanto aos rachas e pegas, estes são aspectos que, para ela, dependem de outros comportamentos psicológicos. São pessoas que, se não tivessem o carro, estariam colocando em risco a vida delas e de outras da mesma forma, com outros instrumentos. Mas a “zoeira” que é comum dentro do automóvel de um jovem, acompanhado por amigos, com som em alto volume e tendo na paquera um dos objetivos do passeio, pode ser apontada como mais um fator que agrava a questão da segurança e da atenção. Como o padrão de lazer deles é o de nunca sair sozinho, este é um outro aspecto preocupante, segundo Eduardo Biavati. “É o ‘eu e minha turma’. Então, em um acidente, sempre mais de um vai se machucar”, diz o sociólogo. A impaciência desta faixa etária também é característica. É comum observar no tráfego jovens motoristas “costurando” entre os demais carros, “grudando” no fundo do carro que está à frente, ultrapassando pela direita ou na contramão. Nereide observa que os jovens não aceitam freios e limites. “E o congestionamento é um limite que ele acha que deve suplantar”, diz.
Morte e incapacitação física
Alta velocidade transforma ruas da cidade em rodovias e aumenta a gravidade dos acidentes De acordo com pesquisa realizada no Hospital Sarah-Salvador, no ano passado, grande parte dos atendimentos foi de vítimas de trânsito, tendo como causa a alta velocidade. “A velocidade média do carro onde estava a vítima era de 80 km/h. Em cerca de 30% dos casos, estava acima dos 100 km/h”, informou o sociólogo Eduardo Biavati. Um aspecto que ele ressalta é que o tipo de acidente em Salvador tem característica de acidente de rodovia: um grande número de colisões com capotamento ou capotamento com colisão em objeto fixo, como poste. Se houver uma batida frontal com o carro a 80 km/h, é preciso levar em consideração que o outro veículo também está em movimento e, então, é possível imaginar o impacto que isto representa. Seqüelas De volta aos números que marcam a violência no trânsito (registrados apenas no Hospital Sarah), mais da metade dos pacientes que chegaram ao hospital sofreram uma lesão medular e cerebral, “sendo que uma boa parte, inevitavelmente, vai ter como conseqüência a incapacitação física”, segundo Eduardo. “Para cada vítima fatal, 13 sobreviveram com algum tipo de ferimento, que pode ser desde um machucado no dedo até lesões na medula ou no cérebro”. De cada 13, quatro sobreviveram com seqüela definitiva, algum tipo de incapacitação. “Se se levar em conta que são 25 mil mortes por ano, estatística que se repete há 10 anos, 100 mil ficam incapacitados fisicamente”. Na melhor das hipóteses, ficarão dependendo apenas da cadeira de rodas, segundo Eduardo.
Aulas de como conviver no trânsito
O carro não deve ser visto como uma máquina. É preciso mostrar todos os aspectos que o automóvel e o trânsito representam, levando-se em conta as questões de educação e cidadania. Na definição da psicóloga Nereide Tolentino, o trânsito é um espaço público que as pessoas têm de saber dividir e conviver. Para ela, o papel da família, quando bem estruturada, que é realmente um núcleo de desenvolvimento de valores, contribui para a formação do futuro condutor. Também depende de outras ações. Nereide lembra que o Rio Grande do Sul foi o primeiro estado brasileiro a implantar a obrigatoriedade do curso de formação dos motoristas, antes mesmo do novo Código de Trânsito Brasileiro passar a vigorar. “O percentual de acidentes depois da implantação do curso é menor, independentemente da faixa etária”, informa a psicóloga, lembrando que, neste mês, será lançado um projeto de formação no ensino médio. Escolas A Rede Sarah está realizando um trabalho nas escolas públicas e particulares, nas cidades onde há os hospitais, incluindo Salvador. Trata-se da “Superaula de Trânsito”, destinada aos alunos do 3º ano do ensino médio (antigo 2º grau), ou seja, aqueles que estão prestes a tornarem-se ou já são motoristas. As aulas abordam vários tipos de acidentes, que geram lesões cerebrais e medulares, estando em destaque os de trânsito. Estima-se que uma média de 30% dos cerca de 212 mil atendimentos no Hospital Sarah-Salvador, no ano passado, foram de tratamento e reabilitação de algum trauma gerado em acidente de trânsito. Eduardo Biavati compara que o gasto da Rede Sarah para o transporte de cada aluno da escola pública até o local de realização da “Superaula” é de R$ 1,50, enquanto o tratamento de reabilitação de pacientes tetraplégicos pode chegar a mais de R$ 50 mil por ano. O agendamento das aulas, em Salvador, pode ser feito pelo telefone (71) 372-3244, fax (71) 372-3240 ou pelo e-mail malu@ssa.sarah.br.
Três vezes mais risco
O risco de acidente com jovens abaixo de 20 anos é três vezes maior do que com uma pessoa de 35 anos de idade. Além disso, a incidência maior de acidentes e de casos com perda total, ou seja, maior gravidade, ocorre entre os jovens, principalmente os do sexo masculino. Os dados fazem parte do estudo estatístico que a Itaú Seguros realizou, analisando o universo dos seus usuários. Este estudo é tomado como base para os descontos oferecidos no seguro do carro, de acordo com o perfil do motorista, mas também revela aspectos sobre a incidência de sinistros, segundo o gerente de Seguro de Carro da empresa, Fernando Reinhardt. Outros dados, de acordo com o perfil do cliente, demonstram que as mulheres se envolvem menos em acidentes - uma diferença, na média, de 10% - do que os homens. Esta diferença aumenta entre os mais jovens. Ou seja, a incidência de sinistros é ainda maior entre os jovens do sexo masculino, em relação ao sexo feminino.
A opinião deles
Os jovens também são capazes de identificar as atitudes que levam ao acidente. No convívio com pessoas da mesma idade ou observando o comportamento dos motoristas novos, eles notam as infrações ou atos irresponsáveis cometidos no trânsito. O estudante de direito Emanoel Fernandes da Cunha, 22 anos, por exemplo, acredita que a “irresponsabilidade e a falta de consciência de que ali (o carro) pode ser um instrumento perigoso, que pode matar”, são as causas dos acidentes entre jovens. Segundo ele, é preciso mais respeito com a vida própria e a outros. Para o universitário Henrique Magalhães, 23 anos, o motorista jovem pode estar capacitado e habilitado para dirigir e ter bons reflexos. Mas, quando tem excesso de confiança, como nas manobras ou ultrapassagens perigosas, põe tudo a perder. Irresponsabilidade, falta de paciência ou prudência, audácia, querer chegar mais rápido ou bebida alcoólica são as atitudes mais comuns, apontadas pelo estudante Davi Magalhães Mota, 21 anos. O álcool, combinado ou não com as drogas, e negligência são causas para a exposição do jovem aos acidentes, na opinião da Flávia Abreu, 21 anos. O consumo de bebida alcoólica e velocidade também são apontados pelos estudantes Paulo Roberto Duarte, 20 anos, e José Leandro Cardoso Brito, 19 anos. “Além da falta de respeito à vida. Não são todos, mas a maioria. Parece que não têm medo das conseqüências, do que pode acontecer”, afirma o estudante de engenharia elétrica Bruno Rodrigues Quadros, 19 anos.
fonte:
http://transitobr.com.br/index2.php?id_conteudo=9