A origem do apelido Coxa-Branca
Em função da sua origem germânica, os times do Coritiba no início de sua história eram formados basicamente por descendentes de alemães, que, com suas peculiares aparências (altos, fortes e claros), eram alvos fáceis para as provocações vindas das torcidas adversárias.
Em um primeiro instante, todos os Alviverdes ficaram incomodados. Com o passar do tempo e até hoje a expressão Coxa-Branca é utilizada para se falar dos torcedores e jogadores do Coritiba, que
em razão disto também é carinhosamente chamado de "Coxa"
by @NeiOliver
COXA-BRANCA
Outubro de 1941. A II Grande Guerra está em andamento e, pela 1a vez, a dupla Atle-Tiba decide um regional. Na primeira partida, disputada no Estádio Joaquim Américo no dia 19 de outubro, o dirigente adversário esbraveja a plenos pulmões: “alemão… quinta coluna… coxa-branca”.
Os insultos têm um destino: o craque alemão Hans Egon Breyer (foto), zagueiro da equipe coritibana. Os gritos acabam servindo de estímulo à equipe alviverde, que vence por 3×1. Na partida final disputada dia 26 de outubro, outra vitória, agora por 1×0. O título é muito comemorado e o termo “Coxa-Branca”, com o tempo, vira sinônimo da torcida coritibana.
Mística
Atualmente, em todo o país a equipe do Coritiba é carinhosamente conhecida como Coxa. Inclusive, na arquibancada o grito irrestrito de “Coxa” contagia multidões. Como um mantra, é uma das armas do Clube contra os seus adversários. Esse grito, que começa mas não tem hora para acabar, é capaz de mudar uma partida, de fazer um gol, faz parte da alma e da personalidade do Coritiba.
Coxa-branca e de todas as cores
Desde sua fundação, o Coritiba é um Clube de todas as pessoas e povos. Seus fundadores deixaram de participar do Clube Ginástico Teuto Brasileiro justamente por discordar de interesses dos líderes da instituição, que discriminavam a prática do futebol, um esporte de classe social baixa.
Ainda na década de 10 é possível ver, em algumas fotos, jogadores negros no elenco coritibano. Como o futebol e a sociedade da época estavam longe do profissionalismo e da evolução tecnológica atual, o Clube não tem um registro com o nome desses atletas, que se prendem a fotografias antigas em preto e branco.
E se foram os descendentes germânicos que iniciaram a nossa instituição, foi com a força e união de pessoas dos mais diversificados lugares e miscigenações que o Coritiba foi construído. O presidente Antônio Couto Pereira, que assumiu o Coxa em 1926 e era nordestino, foi um dos grandes responsáveis por dar seqüência a essa mistura de pessoas que ajudaram a fazer do Coritiba, anos mais tarde, um Clube do povo.
Em 1931 o Cori teve o seu primeiro atleta negro, que foi Moacir Gonçalves. Jogador e técnico da equipe Campeã Paranaense daquele ano, chegou ao Coritiba vindo do Palestra por insistência do presidente Couto Pereira.
Em 1932 o Verdão inaugurou o seu estádio. Como na época os grandes ícones da história do Clube ainda estavam vivos, o Alviverde deu o nome do estádio a Belfort Duarte. Além de um atleta exemplar, uma das pessoas que abriu as portas do futebol carioca e nacional aos negros.
Ser coxa-branca é uma identidade única, que vai além de divisões sociais, políticas ou religiosas. Ser coxa-branca é ter orgulho e amor pela camisa que une pessoas de todos os costumes e lugares.
Outubro de 1941. A II Grande Guerra está em andamento e, pela 1a vez, a dupla Atle-Tiba decide um regional. Na primeira partida, disputada no Estádio Joaquim Américo no dia 19 de outubro, o dirigente adversário esbraveja a plenos pulmões: “alemão… quinta coluna… coxa-branca”.
Os insultos têm um destino: o craque alemão Hans Egon Breyer (foto), zagueiro da equipe coritibana. Os gritos acabam servindo de estímulo à equipe alviverde, que vence por 3×1. Na partida final disputada dia 26 de outubro, outra vitória, agora por 1×0. O título é muito comemorado e o termo “Coxa-Branca”, com o tempo, vira sinônimo da torcida coritibana.
Mística
Atualmente, em todo o país a equipe do Coritiba é carinhosamente conhecida como Coxa. Inclusive, na arquibancada o grito irrestrito de “Coxa” contagia multidões. Como um mantra, é uma das armas do Clube contra os seus adversários. Esse grito, que começa mas não tem hora para acabar, é capaz de mudar uma partida, de fazer um gol, faz parte da alma e da personalidade do Coritiba.
Coxa-branca e de todas as cores
Desde sua fundação, o Coritiba é um Clube de todas as pessoas e povos. Seus fundadores deixaram de participar do Clube Ginástico Teuto Brasileiro justamente por discordar de interesses dos líderes da instituição, que discriminavam a prática do futebol, um esporte de classe social baixa.
Ainda na década de 10 é possível ver, em algumas fotos, jogadores negros no elenco coritibano. Como o futebol e a sociedade da época estavam longe do profissionalismo e da evolução tecnológica atual, o Clube não tem um registro com o nome desses atletas, que se prendem a fotografias antigas em preto e branco.
E se foram os descendentes germânicos que iniciaram a nossa instituição, foi com a força e união de pessoas dos mais diversificados lugares e miscigenações que o Coritiba foi construído. O presidente Antônio Couto Pereira, que assumiu o Coxa em 1926 e era nordestino, foi um dos grandes responsáveis por dar seqüência a essa mistura de pessoas que ajudaram a fazer do Coritiba, anos mais tarde, um Clube do povo.
Em 1931 o Cori teve o seu primeiro atleta negro, que foi Moacir Gonçalves. Jogador e técnico da equipe Campeã Paranaense daquele ano, chegou ao Coritiba vindo do Palestra por insistência do presidente Couto Pereira.
Em 1932 o Verdão inaugurou o seu estádio. Como na época os grandes ícones da história do Clube ainda estavam vivos, o Alviverde deu o nome do estádio a Belfort Duarte. Além de um atleta exemplar, uma das pessoas que abriu as portas do futebol carioca e nacional aos negros.
Ser coxa-branca é uma identidade única, que vai além de divisões sociais, políticas ou religiosas. Ser coxa-branca é ter orgulho e amor pela camisa que une pessoas de todos os costumes e lugares.
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