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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

O Presente Perfeito

A cena se repete na virada de todo ano. Em lojas e shoppings ao redor do mundo, nos últimos dias de um ano e os primeiros do próximo, formam-se longas filas para devolução e troca de presentes. Tamanho errado. Não gostou da cor. Já tem um igual. Veio com defeito. Os motivos são diversos, mas as filas nos lembram da dificuldade em achar o presente perfeito.

Quando dias especiais, como aniversários de nascimento ou de casamento, se aproximam, gosto de brincar com a minha mulher sobre o presente que pretendo dar. Já falei inúmeras vezes sobre uma boa furadeira elétrica de 3/8". E como seria a reação dela se eu realmente comprasse este presente? Sei que deve ter uma certa porcentagem da população feminina que acharia legal este presente, mas depois de mais de 30 anos de casamento posso afirmar que a minha mulher não faz parte desta minoria! Todos os meus argumentos entusiasmados sobre a utilidade deste “presente perfeito” seriam refutados com uma simples observação por parte dela: “Pode ser um presente bom para você, mas não é para mim”.

Como que posso escolher o presente perfeito para a minha esposa? Terei de ouvir as dicas que ela dá (e homens, prestem atenção, porque elas dão as dicas, e cabe a nós lembrar delas nas horas certas). Só pelas palavras dela que vou descobrir o perfume certo ou a cor de roupa que ela quer. Para saber como agradar a minha mulher, eu preciso ouvir o que ela diz.

E para saber como agradar a Jesus? A mesma abordagem não seria correta neste caso também? Se eu quiser dar um presente agradável ao Senhor, terei de ouvir as suas palavras!

Quando comparamos as práticas religiosas atuais com a simplicidade do serviço ao Senhor no Novo Testamento, dá para perceber que muitos dos presentes dados ao Senhor não passam de furadeiras que ele nunca pediu. O mundo religioso é dominado por um egoísmo que deixou para trás o conceito de verdadeira adoração e adotou uma filosofia de entretenimento. Pessoas escolhem participar de uma igreja ou outra, não porque a doutrina é bíblica e o serviço a Deus, reverente, mas porque se identificam com o ambiente, gostam da música, acham o pregador eloquente ou, pior ainda, porque buscam algum benefício material. Mas conseguem manter as consciências tranquilas porque “estão na igreja” e estão falando de Deus. E ele poderia refutar as justificativas com uma simples observação: “Podem ser presentes legais para vocês, mas não foi isso que eu pedi”.

Para dar o presente perfeito para Deus, precisamos dar importância para as coisas que ele tem revelado nas Escrituras. Entre os fatos essenciais para a escolha do presente estão estes:

Deus merece a adoração e a obediência porque ele nos criou: “Celebrai com júbilo ao SENHOR, todas as terras. Servi ao SENHOR com alegria, apresentai-vos diante dele com cântico. Sabei que o SENHOR é Deus; foi ele quem nos fez, e dele somos; somos o seu povo e rebanho do seu pastoreio” (Salmo 100:1-3).

Jesus merece nosso serviço e louvor porque ele se sacrificou para nos salvar. João viu o Cordeiro sacrificado pelos nossos pecados e ouviu a voz de milhões de adoradores dizer: “Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor” (Apocalipse 5:12).

A adoração verdadeira começa com a entrega de si mesmo para o Senhor: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Romanos 12:1).

O amor ao Senhor se manifesta, não em dar para ele o que nós queremos dar, mas em obedecer a sua palavra, assim dando-lhe o que ele pediu! Jesus disse: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos” (João 14:15).

–por Dennis Allan



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