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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

PARANAENSE Federação fixa aluguel de R$ 30 mil pelo empréstimo do Couto e Coxa promete ir à Justiça


Local onde o Atlético vai mandar os jogos no Estadual ainda não foi definido. Furacão quer o Couto, mas Coritiba não aceita acordo

GAZETA DO POVO
Marcelo Elias / Gazeta do Povo

Coritiba não aceita alugar o Couto Pereira para o Atlético
O Coritiba voltou a se manifestar contra o pedido da Federação Paranaense de Futebol (FPF) para que empreste o Estádio Couto Pereira para o Atlético durante a disputa do Estadual. Na manhã desta sexta-feira (13), por meio de nota oficial, o Conselho Administrativo do Coxa afirma que a FPF fixou um valor de R$ 30 mil pelo aluguel do estádio. A quantia seria repassada ao Coxa após cada partida em que a praça esportiva fosse emprestada.
“Caso o Coritiba não siga essas determinações [emprestar o Couto], será multado pela Federação e sofrerá as demais penalidades previstas na legislação desportiva”, diz a nota se referindo ao ofício recebido pelo clube.
O Coritiba alega que, como passou por reforma recentemente do sistema de irrigação e dreganagem, o gramado do Couto Pereira já não estaria em condições ideais de receber os jogos do próprio Coritiba no início do Campeonato Paranaense. Com o Atlético também mandando partidas no Alto da Glória, a situação ficaria crítica. Por isso, o Alviverde promete brigar até na Justiça contra a determinação da FPF.
“A respeito deste ofício da FPF, o Conselho Administrativo do Coritiba reafirma aos conselheiros sócios, torcedores e a toda nação coxa-branca a sua disposição de lutar até o fim, usando as medidas judiciais cabíveis, para garantir os interesses do Clube e os direitos sobre de suas propriedades”, destaca a nota publicada nesta sexta.
Resposta
Também nesta sexta-feira, a Federação Paranaense publicou em seu site oficial o ato da presidência 001/12, enviado ao Coritiba. No documento, a entidade inicia a argumentação lembrando que o Atlético está sem a Arena da Baixada por causa das obras de adequação do estádio para a Copa de 2014. Depois, a FPF diz que o Mundial é de “interesse do futebol curitibano, paranaense, nacional e internacional”.
Diante disso, do número de sócios do Atlético e baseado no estatuto da entidade, a Federação afirma que “a preocupação externada pelo Coritiba com eventuais danos ao gramado perde relevância diante da atual situação e porque dificilmente se tornaria impraticável o futebol no local pela sua utilização por duas equipes somente em partidas oficiais do Campeonato Paranaense”.
A FPF confirma que estipulou o aluguel de R$ 30 mil por jogo no Couto Pereira. O Atlético continuaria responsável pelas outras despesas para a realização de cada partida como mandante. Além disso o Furacão, segundo o ofício, deve entregar na tesouraria da entidade um cheque de R$ 300 mil como garantia “por eventuais prejuízos causados ao estádio, durante partidas de seu mando, sob pena de cancelamento da presente requisição de estádio”.
Briga
A indefinição sobre o local de mando dos jogos do Atlético se transformou em uma guerra de bastidores. De acordo com o presidente da FPF, Hélio Cury, o estatuto da Federação (no artigo 46) possibilita ao Atlético, com a intervenção da entidade, atuar no campo do arquirrival. O Coritiba contesta a decisão.
“Se ele [Cury] quiser comprar a briga, quiser fazer uma guerra em Curitiba, ele que faça”, atacou o presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade. Para ele, o assunto já está esgotado. “A decisão já está tomada”, emendou.
Caso acate a decisão do Alviverde, a FPF tem até 72 horas antes do jogo de estreia do Rubro-Negro para indicar um estádio. A primeira partida do Atlético no Paranaense está marcada para o dia 22, diante do Londrina.

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